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Os países do BRICS se reunirão na África do Sul para enfraquecer o domínio do Ocidente
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Os países do BRICS se reunirão na África do Sul para enfraquecer o domínio do Ocidente

criado Lukasz KlufczynskiAgosto 17 2023

líderes BRICS se reunirá na próxima semana na África do Sul para discutir como transformar o frouxo clube das nações, responsável por um quarto da economia mundial, em uma força geopolítica capaz de desafiar o domínio do Ocidente no cenário internacional.

O presidente russo, Vladimir Putin, que está sob um mandado de prisão internacional por supostos crimes de guerra na Ucrânia, não se juntará aos líderes do Brasil, Índia, China e África do Sul por divergências sobre a expansão do bloco para incluir dezenas de países do "Sul global". que espera na fila para se juntar a ele.

A África do Sul receberá o presidente Chin Xi Jinping, o brasileiro Luiz Inácio da Silva e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi na Cúpula do BRICS, que acontecerá de 22 a 24 de agosto.

Espalhados pelo mundo e com economias que operam de maneiras muito diferentes, o principal ponto em comum entre os BRICS é o ceticismo sobre uma ordem mundial que eles veem como servindo aos interesses dos Estados Unidos e de seus países ricos aliados que promovem normas internacionais que eles impor, mas nem sempre respeitar.

Poucos detalhes surgiram neste momento sobre o que eles planejam discutir, mas a expansão deve estar no topo da agenda, já que cerca de 40 países demonstraram interesse em ingressar, formal ou informalmente, de acordo com a África do Sul. Estes incluem Arábia Saudita, Argentina e Egito.

BRICS E ÁFRICA

A China, buscando expandir sua influência geopolítica contra os Estados Unidos, deseja expandir os BRICS rapidamente, enquanto o Brasil resiste à expansão, temendo que o já pesado clube possa enfraquecer sua posição. O Ministério das Relações Exteriores da China disse que "apoia o progresso na expansão de membros e dá as boas-vindas a mais parceiros com ideias semelhantes para se juntarem à família BRICS" o mais rápido possível.

A Rússia precisa de amigos para conter o isolamento diplomático em relação à Ucrânia e está ansiosa para admitir novos membros, assim como seu mais importante aliado africano, a África do Sul. A Índia está em uma encruzilhada. Como um aceno para os anfitriões africanos do bloco, o tema de sua 15ª cúpula é "BRICS e África", destacando como o bloco pode construir laços com um continente que está se tornando cada vez mais um teatro de rivalidade entre as potências mundiais.

A ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, em comunicado na semana passada, disse que os países do BRICS querem mostrar "liderança global no atendimento das necessidades da... maior parte do mundo, ou seja... sistemas", em um ataque velado ao domínio ocidental.

Os países do BRICS se apresentam de bom grado como parceiros alternativos de desenvolvimento para o Ocidente. O Ministério das Relações Exteriores da China disse que o BRICS busca "reformar os sistemas de governança global (para) aumentar a representação de países em desenvolvimento e mercados emergentes". Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) – uma instituição financeira fundada pelos BRICS, quer desdolarizar o financiamento e oferecer uma alternativa às tão criticadas instituições de Breton Woods. Mas aprovou apenas US$ 33 bilhões em empréstimos em quase uma década - cerca de um terço da quantia que o Banco Mundial prometeu desembolsar no ano passado - e foi recentemente retido por sanções à Rússia.

Autoridades sul-africanas dizem que as negociações cambiais do BRICS, consideradas pelo Brasil no início deste ano como uma alternativa à sua dependência do dólar, estão fora de questão. Com 40% da população global, os países do BRICS emitem grandes quantidades de dióxido de carbono e também têm aproximadamente a mesma parcela de emissões de gases de efeito estufa. Oficiais em Brasil, China e África do Sul disseram que a mudança climática pode ocorrer, mas indicaram que não seria uma prioridade.

Os países do BRICS culpam as nações ricas por causar a maior parte do aquecimento global e querem que elas assumam mais o fardo de descarbonizar o suprimento de energia do mundo. A China foi acusada de bloquear as discussões sobre o clima na cúpula do G20, o que ela negou.

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Sobre o autor
Lukasz Klufczynski
Analista Chefe da InstaForex Polska, com o mercado Forex e contratos CFD desde 2012. Adquiriu conhecimento em diversas instituições financeiras, como bancos e corretoras. Ele conduz webinars na área de análise técnica e fundamental, psicologia do investimento e suporte à plataforma MT4/MT5. Ele também é autor de muitos artigos especializados e comentários de mercado. Em sua negociação, ele enfatiza os elementos fundamentais, contando com a análise técnica.
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